[Resenha] Trilogia A Seleção - Kiera Cass

Oii gente. Tudo bem com vocês?
E depois de tanto ouvir falar dessa trilogia e babar pelas capas maravilhosas, finalmente resolvi ler para ver se era realmente tão bom como todos falavam.
E sim, me apaixonei perdidamente por esses livros, por essa história, por esses personagens, por tudo. Quer dizer, quase tudo.
A resenha de hoje é um pouquinho diferente porque não é de apenas um livro, mas dos três livros que compõem a trilogia. Antes de começar um aviso: não se deixe enganar pelas capas fofinhas pois este não é um conto de fadas convencional e nem uma simples história de princesa.
A trilogia inicial é composta por três livros: A Seleção, A Elite e A Escolha. Resolvi adotar um formato diferente para falar dos três livros de uma vez e – o mais importante - livre de spoilers.
Um pequeno resumo da história:
Nesse universo criado por Kiera somos apresentados à Illéa, país formado após a queda dos Estados Unidos da América, no qual foi instituída a monarquia e a divisão da sociedade em castas numeradas de 1 a 8, sendo 8 os mais pobres e 1 os integrantes da família real. O livro é narrado em primeira pessoa, sob o ponto de vista da América Singer, uma artista da casta 5, apaixonada por Aspen, um 6, com quem mantém um relacionamento escondido por dois anos, até receber a carta para se inscrever na seleção.
Não importa o que você pensa do seu caráter. Só importa o que você faz com ele.
A seleção é uma espécie de reality show que acontece sempre que o príncipe de Illéa atinge a maioridade, sendo escolhidas 35 garotas entre todas as castas e províncias para passar um tempo no castelo e terem a chance de conhecer o príncipe e tornar-se princesa e futura rainha de Illéa. Acontece que América desde o início não quer participar da seleção, mas aceita como uma opção para melhorar as condições de sua família, que passará a receber um benefício em dinheiro pelo período em que ela estiver no castelo. E também pela comida, como ela sempre diz hahah.
Aspectos gerais:
O livro é considerado uma distopia, mas diferente dos outros livros do gênero, ele não foca tanto na parte política e de revoltas sociais, principalmente no primeiro livro. Nos dois últimos essas questões passam a se fazer mais presentes, mas ainda sem grande destaque, o que nos deixa cheios de dúvidas e perguntas sem respostas, embora isso não tenha prejudicado a leitura. Pelo contrário, a medida que avançamos na história, mais intrigados ficamos com essas revoltas e os grupos rebeldes que estão a todo instante procurando meios de derrubar a monarquia, de modo que se essas partes fossem mais exploradas tornaria a história perfeita para o gênero.
Agora como romance o livro funciona muito bem, e eu como amo romances não me importei com a parte distópica não ser tão explorada assim. É um conto de fadas ambientado em meio a um país contemporâneo e cheio de revoltas sociais. O romance é muito fofo, o único problema é o triangulo amoroso. Não gosto muito porque acaba ficando aquela indecisão da personagem principal de quem escolher até o final da trilogia, mas isso não atrapalhou mesmo assim.
-Sua afirmação é falsa. Todas vocês são queridas por mim. Trata-se simplesmente de descobrir quem há de ser a mais querida.
-Você disse mesmo “há de ser”?
O clima de todos os livros é de tensão, não só pelos ataques rebeldes, mas também há os conflitos internos dentro do castelo, afinal são 35 garotas disputando o coração do príncipe e isso com certeza não é fácil de aturar, principalmente para a América que não quer se tornar princesa e está lá totalmente contra a sua vontade.
O que achei dessa trilogia:
Adorei demais. Ela tem uma simplicidade aliada a uma narrativa tão leve que me prendeu de uma forma que não podia nem pensar em parar, acabando por ler os três de uma vez. A Escolha eu li em de um único dia, bem rápido mesmo. Algumas coisas acabaram sendo um pouco previsíveis, mas de qualquer forma você se pega a todo momento aflita pensando o que vai acontecer, principalmente no terceiro livro. É tão bom quando uma leitura nos prende dessa forma. E eu não esperava aquele final, foi um tanto chocante, mas foi ótimo.
Essa era a verdade, no fim das contas. Ainda não sabia o que queria, mas não podia me deixar levar pelo mais fácil ou por aquilo que os outros achavam certo. Só precisava de um tempo até decidir o que era melhor para mim.
Adorei a América, ela tem uma personalidade forte, que não se deixa dominar por nada nem ninguém. É muito humana, mas ela acaba sendo muito impulsiva, o que a faz acabar em situações bem desagradáveis, o que nem sempre é ruim nessa história. Uma de suas melhores qualidades é que ela não hesita em se manifestar contra qualquer coisa que ache errado, mesmo que isso acabe custando muito para ela e isso é admirável. Adoro personagens assim que não estão lá parados se deixando levar pela história. Por outro lado, principalmente no segundo livro, dá muita raiva dela, pois fica toda hora sem saber o que quer da vida, mas também não conseguia largar o livro por querer saber logo o que ia dar essa história toda.
Agora, o príncipe. Maxon é mais que um rostinho bonito. Ele é inteligente, bondoso, íntegro, divertido, um perfeito cavalheiro. Mas em alguns momentos me peguei irritada com ele, pelas suas atitudes, porém não teria como ser diferente e acaba sendo boa parte compreensível devido à sua posição como sucessor da coroa, além de que a América não facilita em nenhum momento. Sem mais, ele realmente é arrebatador e muito fofo, do tipo que toda garota quer, menos a América haha.
-A propósito – ele prosseguiu, elevando um pouco a voz -, se você não quiser que eu me apaixone, não pode ficar assim tão linda. A primeira coisa que farei amanhã será mandar suas criadas costurarem uns sacos de batata para você usar.
Achei muito divertida e fofa a forma como o relacionamento da América com o Maxon foi se desenvolvendo ao longo dos livros. O primeiro encontro dos dois foi bem engraçado e seus diálogos renderam boas risadas e suspiros. É muito amor mesmo por esse casal, entraram para a lista dos meus preferidos.
-Bem que eles podiam pendurar você com os lustres depois, não? – rebati, caçoando das medalhas de ouro em seu peito.
- Apenas olhe para mim como se não aguentasse mais a minha cara – ele sugeriu, fazendo uma careta de mau humor. Foi o bastante para me fazer cair na risada.
Diversas personagens se destacaram mas devo dizer que minhas preferidas são a Marlee (melhor amiga ever) e a rainha Amberly que apenas esteve mais presente no último livro, quando só restavam 4 garotas, mas já deu para perceber que ela era uma pessoa fascinante.
A Escolha sem dúvidas é meu preferido. Amei demais a capa e é nesse livro que as coisas finalmente começam a se desenrolar e a América define de vez seus sentimentos, o que não resolve todos os problemas, mas gostei de como tudo foi resolvido, terminando a história da melhor maneira possível.
Era incapaz de apontar precisamente o motivo de tanta certeza, mas soube na hora certa, com a mesma certeza com que sabia meu nome ou a cor do céu ou qualquer coisa escrita em um livro.
Adorei a escrita da Kiera Cass e a maneira como ela conduziu a história até o final, com um enredo envolvente, uma escrita leve, fluída e diálogos muito bem construídos, tornando a leitura muito agradável. Fiquei completamente apaixonada pelos personagens. É uma leitura rápida, envolvente, fofa e bem-humorada. Super recomendo.
Nota: A Seleção e A Escolha – 5 coroas; A Elite: 4 coroas
Nanda

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