Olá galera. Tudo bem??
Sabem quando você começa a ler um livro com medo, mas depois se surpreende e ele vira um dos seus preferidos? Então, esse livro foi assim.
Primeiramente, não custa avisar
que esta resenha pode conter spoilers do primeiro livro “Se eu ficar”, então
leia por sua conta e risco.
...você não entende? A música é o vazio. E você é o motivo.
Desde que li “Se eu ficar”, e, em seguida, me apaixonei pelo filme, tinha vontade de saber o que aconteceu depois que ela
ficou, como Mia lidaria com tudo, se promessas desesperadas seriam honradas e
se as coisas ficariam bem entre Mia e Adam.
Nesse livro Gayle traz a já
conhecida fórmula da história que se passa em alguns poucos dias, no caso a maior parte em um
único dia, com lampejos e memórias de acontecimentos passados, tal qual no
primeiro livro. Sei que muita gente não gosta desse vai e volta, mas eu adoro e
acredito que deixa a história ainda mais instigante. A diferença nesse livro é
que a escrita da autora amadureceu bastante, assim como os personagens tiveram
um grande crescimento após os acontecimentos do primeiro livro.
Um dia pode ter apenas vinte e quatro horas, mas às vezes passar por um parece tão impossível quanto escalar o Everest.
Tive um certo receio ao saber da
continuação, porque a forma como o primeiro livro acabou, embora tenha deixado
muitas coisas em aberto, era um ótimo final. Mas fiquei muito feliz com esse
livro, então a autora acertou em fazer a continuação e não me arrependi nem um
pouco de tê-la lido. Ao contrário do primeiro, que girava em torno de uma
importante escolha, esse traz as consequências da decisão, sendo bem mais
depressivo e intenso.
A história se passa três anos após
o fatídico acidente sofrido por Mia e que causou a morte de seus pais e seu
irmão. Esperava ver mais sobre a Mia, afinal ela foi o foco do primeiro livro e
tinha curiosidade em ver como ela lidaria com o luto e todas as dificuldades
que se seguiram ao acidente e, sobretudo, queria ver mais do casal principal.
E, antes de saber o que estou fazendo, antes de poder me convencer a ir embora, racionalizar que essa é uma ideia terrível, caminho em direção à bilheteria. Não quero vê-la, digo a mim mesmo. Não vou vê-la. Só quero escutá-la.
Eis que logo no início, já nas
primeiras páginas, a surpresa. Eles não estão mais juntos. A história é toda
narrada em primeira pessoa na visão de Adam e confesso que adorei. Não morria
de amores por ele no primeiro livro, mas nesse passei a gostar mais dele. E o
melhor é que a história narrada por ele não deixa nada a desejar, sendo até
mesmo mais interessante, intensa e um tanto dolorosa. Acompanhamos, então, sua
jornada ao tentar superar o luto, o abandono e o poço sem fim em que se encontra,
enquanto sua banda, a Shooting Star, decola e faz cada vez mais sucesso.
A história tinha tudo para ser mais do mesmo, mas Gayle conseguiu fugir dos clichês e transformou Adam em um dos melhores personagens. Ele é como uma bomba-relógio prestes a explodir a qualquer momento, incapaz de fingir, ser calmo, forte e controlado, carregando a raiva e revivendo diariamente os fantasmas do passado que o incapacitam e o arrastam ainda mais fundo pelo buraco.
A história tinha tudo para ser mais do mesmo, mas Gayle conseguiu fugir dos clichês e transformou Adam em um dos melhores personagens. Ele é como uma bomba-relógio prestes a explodir a qualquer momento, incapaz de fingir, ser calmo, forte e controlado, carregando a raiva e revivendo diariamente os fantasmas do passado que o incapacitam e o arrastam ainda mais fundo pelo buraco.
Quem quer que diga que o passado não está morto voltou no tempo. É o futuro que já está morto, já acabado. Essa coisa toda foi um engano. Não vai me deixar rebobinar. Ou desfazer os erros que cometi. Ou as promessas que fiz. Ou tê-la de volta. Ou ter a mim mesmo de volta.
A conexão com o personagem é
inevitável nesse livro e você se pega a todo momento revivendo as dolorosas
lembranças de Adam como se fossem suas, além de torcer para que a história tome
o caminho para o final feliz, em uma promessa de esperança que parece cada vez mais impossível a cada
página.
A única coisa é que no primeiro
livro nos sensibilizamos pela situação da Mia e torcemos por ela a todo
momento, já nesse em vários momentos fiquei confusa, ela realmente mudou muito
e em alguns momentos sentia raiva dela. Afinal, como ela pôde abandoná-lo
depois de tudo o que aconteceu, embora não seja tão incompreensível assim.
Talvez esse sentimento decorra da narrativa pelo ponto de vista do Adam que te
leva ao outro lado da história, o lado de quem tem que conviver com o desalento da perda.
- Me odiava? Por quê?
- Você me fez ficar
O livro continua abordando perdas
e lutos, e evidencia, acima de tudo, o quanto é difícil deixar que alguém vá,
seja em casos inevitáveis como a morte, seja por escolha própria, e sobre o
perdão libertador necessário para então seguir em frente. É uma história muito
sensível. Gayle realmente sabe como emocionar e envolver o leitor, com sua escrita
simples e vívida que o empurra para as dificuldades e os sentimentos com os
personagens.
A história teve um fechamento
perfeito, respondendo a todas as perguntas que haviam ficado pendentes no
primeiro e foi impossível não ficar torcendo por um final feliz para os
personagens.
Largar não é difícil. Decidir largar é difícil. Quando você decide, o resto é fácil.
Uma coisa que achei bem legal foi
que no início de alguns capítulos a autora menciona trechos das letras de um
álbum da Shooting Star, álbum este escrito nos piores momentos de Adam, e que tem grande importância para a história, além de se adequarem perfeitamente à alguns capítulos.
É uma leitura rápida e emocionante. Gayle Forman escreve com o coração e muita riqueza de sentimentos, e só isso já é o suficiente para recomendar o livro. Diria que o único ponto negativo foi a capa, não gostei muito, ainda mais comparando com a do livro anterior e os demais livros da autora que a Editora Novo Conceito lançou. Se você gostou do primeiro livro não deixe de ler a continuação, pois ela é ainda melhor e mais viciante que seu antecessor.
É uma leitura rápida e emocionante. Gayle Forman escreve com o coração e muita riqueza de sentimentos, e só isso já é o suficiente para recomendar o livro. Diria que o único ponto negativo foi a capa, não gostei muito, ainda mais comparando com a do livro anterior e os demais livros da autora que a Editora Novo Conceito lançou. Se você gostou do primeiro livro não deixe de ler a continuação, pois ela é ainda melhor e mais viciante que seu antecessor.
Nota: 4 notas musicais.
Nanda
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