Enquanto aguardo ansiosa pelo
lançamento de Mundo de Dragões, a resenha de hoje é do primeiro volume dessa
trilogia incrível. Li este livro no primeiro semestre e ele me conquistou logo
nas primeiras páginas.
E então percebeu que as marcas na verdade eram as lágrimas de um homem ainda vivo, observando de longe uma imensidão de cemitérios de dragões.
Em Cemitério de Dragões, Raphael
Draccon nos transporta para uma dimensão demoníaca, cheia das mais diversas e
estranhas criaturas, na qual acompanhamos cinco pessoas
completamente diferentes cujos destinos se unem em uma batalha épica que irá
definir, não só o destino daquele lugar, como também da Terra.
A história conta com três núcleos, sendo todos igualmente atrativos e bem desenvolvidos. Primeiro
encontramos Derek, um soldado de elite do exército americano que junto com
Amber, uma garçonete irlandesa praticante de artes marciais, consegue escapar
de uma prisão liderada pelos demônios.
Nunca haverá tempo suficiente para um ser humano se acostumar com um pôr do sol – disse ele. – É uma dessas coisas fantásticas que não necessitam de compreensão.
Enquanto isso, Ashanti, uma
africana guerrilheira de Ruanda, treina em um templo com os caras mais
incríveis do universo e está ligada a uma profecia daquele mundo sobre o fim
dos dias, quando criaturas abissais se erguerão e uma Serpente destruirá tudo o
que existe. A profecia ainda fala sobre uma dádiva que salvará a todos, ficando
Ashanti incumbida de protegê-la. Ela só não contava que a dádiva seria o
encantador Mihos.
Foi quando de um canto do salão ele entrou. O homem citado nas predições. A dádiva oriunda da fênix. Quando seus olhos encontraram os dele, Ashanti já sabia que não tinha mais alternativa.
- Do que você mais sente falta? – perguntou Romain com um olhar vago, que expressava no gesto o conteúdo ausente na frase. – Com exceção desse blá-blá-blá de amigos, família e tal...
- Ora, são tantas coisas! Action figures, smartphones, animes, sabres de luz... – Havia um sorriso de mãos dadas com as memórias embaçadas. – E wi-fi! Definitivamente wi-fi!
- Nossa, desculpe por tê-lo chamado de nerd...
Achei incrível a maneira como
Raphael Draccon conduziu a história, unindo todos os personagens, até então
separados, em um final eletrizante para ninguém botar defeitos. Outro ponto
interessante é que ao mesmo tempo em que criou uma história totalmente nova e
envolvente, o livro tem um quê de nostalgia com inúmeras referências já muito
conhecidas por todos nós (quem nunca foi louco por Power Rangers, não é mesmo
hahah).
E me foi pedido que algo fosse guardado, assim como faço com o conhecimento do mundo. E me foi instruído que por julgamento próprio eu saberia a quem entregar, de acordo com o merecimento envolvido. E esse alguém saberia a que outros entregar. O mérito seria a capacidade dos seres de compreender o valor de dois mundos. O valor da vida não na transcendência, mas na memória deixada. Pois mesmo uma pequena experiência ainda é um aprendizado, e um pequeno conhecimento será capaz de ofuscar um oceano de imperícias.
Realmente não tem nada que eu não
tenha gostado nessa história e essa edição foi muito bem feita pela editora
Rocco, com essa capa linda e uma diagramação maravilhosa. Adorei os dragões no
início de cada capítulo e as mudanças de fontes em alguns diálogos, identificando
raças e pessoas diferentes.
Nota: 5 dragões
Nanda *-*
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