[Resenha] O Mapa do Tempo - Félix J. Palma

[ATENÇÃO: ESTA RESENHA CONTÉM SPOILERS]

Depois de tanto falar desse livro, resolvi explicar um pouco melhor os motivos de não ter gostado.


A distinção entre passado, presente e futuro é uma ilusão, mas se trata de uma ilusão persistente 
Albert Einstein  


O livro é dividido em três partes, que giram em torno do tempo: alguns querem voltar e outros se dizem do futuro, mas ninguém está realmente satisfeito com a data que se encontra.

Avante, querido leitor, mergulhe nas apaixonantes páginas do nosso folhetim, onde encontrará aventuras com as quais não poderia nem sequer sonhar! 

Se como qualquer pessoa comum você acha que o tempo é uma corrente que arrasta rapidamente tudo o que nasce para a margem mais escura, descobrirá aqui que o passado pode voltar a pisar as próprias pegadas graças a uma máquina capaz de viajar no tempo.

A emoção e o assombro estão garantidos. 

Na primeira parte, conhecemos Andrew e Marie: ele é rico e ela uma prostituta. Nessa época, uma das grandes manchetes era do Jack, O Estripador, que infelizmente mata Marie, o grande amor de Andrew.
Uma das formas que Andrew achou para tentar salvar sua amada era pagar para ir até a máquina do tempo, voltar ao dia que Marie foi morta e matar Jack. Isso tudo aconteceu, mas era apenas encenação – o que me fez perder totalmente a paixão pelo livro.

Se você aproveitou nossa viagem ao passado, caro leitor, nas próximas páginas deste emocionante folhetim terá o privilégio de viajar ao futuro para conhecer a célebre guerra do ano 2000 contra os malvados autômatos. 
Mas advertimos que algumas cenas serão extremamente violentas: não é pra menos, em se tratando de uma batalha de consequências muito importantes para o futuro da humanidade. 

Na segunda parte, conhecemos Claire, que além de ser jovem e cuidadosa, odeia sua época: nada a faz feliz. Ela vai até a empresa de maquinas do tempo, Viagens Temporais Murray, que tem sua próxima viagem até o ano de 2000. Alegremente, ela consegue os ingressos e vai até a tal excursão. Mas depois de ver uma famosa guerra, que supostamente iria conhecer naquele ano citado, Claire se “perde” do grupo e fica naquele lugar.

Para sua surpresa, ela conhece Derek Shackleton, o líder de um dos grupos da guerra. Só que, para a maior decepção do livro, era tudo uma encenação.

Gentis cavalheiros e sensíveis damas, chegamos às páginas finais do nosso apaixonante folhetim. 
Que prodígios ainda restam para mostrar-lhes?
Se quiserem descobrir, não desviem sua atenção destas páginas nem mesmo por um só instante, pois, em situação mais difícil, aqui poderão viajar à vontade no tempo, tanto ao passado como o futuro. Se você não não é nenhum covarde, querido leitor, atreva-se a terminar o que começou. 

Na terceira e ultima parte, eu não consegui terminar. Conta a historia de Colin Garret, que decide ir aos anos 2000 em busca de uma arma. A arma era desconhecida, mas foi a causa de um dos assassinatos na cidade, então ele vai em busca de novas descobertas.

Antes de começar o livro, li muitas resenhas e adorei o que vi na internet. Mas chegou na hora de começar a ler e percebi que demorava muito tempo em apenas uma parte dele – o que é raro, já que leio livros de 300 paginas em algumas horas. Mas para conclusão, demorei 4 semanas e nem terminar consegui.


A obra de arte mais perfeita e apavorante da humanidade é sua divisão do tempo.

Jack Kerouac

O livro conta com partes complexas, com histórias focadas nos personagens e suas posições na sociedade. É um livro que requer muita paciência para ler (o que eu não tenho), além de ser necessário gostar de partes históricas e citações – confesso que essa parte eu amei. 

NOTA: 3 estrelas

Sarah

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