Vocês vão começar a perceber que sempre vou falar (ou
escrever) palavras de amor e afeto pelos livros que irei fazer resenhas e,
PRINCIPALMENTE, pelos escritores.
Rachel Gibson e seu livro, “Maluca por você”, foram minha
paixão a primeira a vista. Estava na Saraiva e olhei para esse livro, que juro
por tudo, gritava para que eu o levasse. Infelizmente não consegui, mas anotei
os nomes (livro e autora) e fui fiel que compraria um mais pra frente.
O único problema foi que: perdi o papel e não lembrava de
cabeça os detalhes – só quem já passou por isso sabe a dor que é! Graças a
Deus, que é bom e justo, me levou até o lugar onde tinha, o último da loja e
super acessível.
Como todos os livros da Rachel, “Maluca por você” é leve e
divertido, do tipo que te faz pensar e repensar na vida – só que com
gargalhadas.
Lily Darling detestava ser chamada de maluca. Preferia que a chamassem de vaca – ou mesmo de vaca burra, porque sabia que não era, nem nunca foi, qualquer uma das duas coisas. Não de propósito, pelo menos. Mas bastava pôr a palavra começada com “m” depois de vaca, que Lily provavelmente viraria uma vaca maluca com alguém.
Tucker Matthews, o sonho molhado das mulheres – só que em
forma de policial, chega a cidade de Lovett em busca de sossego e calmaria,
algo que não tinha a grande tempo. Com a
sua gatinha, deixada de presente por sua ex-namorada louca, eles se veem
vizinhos da mais falada mulher da vizinhança: Lily Brooks, ou, se preferir, a
Maluca Llily Darling.
De alguma maneira, havia deixado que uma gata preta de quatro quilos com o focinho cor-de-rosa mandasse na vida dele. Não sabia ao certo ao certo como aquilo havia acontecido. Ele costumava achar que gatos eram para velhas, mulheres feias ou gays. O fato dele próprio haver construído uma casinha de gato de meio metro quadrado e ter uma despensa cheia de guloseimas felinas mandava esse velho preconceito para o espaço.
Você deve estar se perguntando: mas ela é mesmo louca?
Não, ela não é. O simples motivo de ela ser chamada assim é
que, quando descobriu que seu marido a traía, ela simplesmente o botou pra fora
de casa. E, além disso, ela “sem-querer-querendo” colocou seu carro dentro do
escritório do ex-marido. Só que de uma forma um pouco agressiva.
Seu novo contato com o policial é de agressividade no
inicio. Ela não confia em homens. As únicas pessoas em quem ela acredita (e
liga para o que pensam) são sua mãe e Phillip, seu filho.
A forma como Gibson maneja a historia de separação,
confiança e amizade é a coisa mais maravilhosa da sua escrita. Lily sente uma
atração por Tucker, e, mesmo não querendo se envolver com gente louca outra
vez, ele se aproxima mais e mais dela.
Como policial, Tucker trabalhava alguns dias de madrugada e
necessitava dormir a tarde. Só que esse era o período onde Pippen treina seus
passos para os jogos de basquete. Uma das alternativas que Tucker encontrou
para poder dormir a tarde, ajudar Pippen e -indiretamente- conhecer melhor
Lily, foi ajudando Phillip com o
movimentos e treinos. Uma atitude que nem o próprio pai faz.
- Diga ao Pippen que, se ele me der uma folga amanha de manha, eu o ensino a enterrar amanhã à tarde, por volta das quatro.-Vou dizer.
-O Pippen sabe que não pode sair do quintal sem falar para mim ou para a avó – Ela encolheu os ombros. – E você já sabe que eu tenho licença para porte de arma. Tenho uma Beretta 9mm subcompacta . – enfiou a bola embaixo de um braço. – Só pra você saber.
- Que bom – Ele conseguiu não rir. – Mas você esta se gabando ou ameaçando um agente da lei?
- O pai do Pippen não é muito presente. Eu sou tudo o que ele tem, e é minha função garantir que ele esteja sempre seguro e seja feliz.- Ele tem sorte de ter você.
A amizade de Lily e Tucker fica cada vez mais inabalável e a
fidelidade deles chegam ao ponto que, mesmo inconsciente, eles se gostam. Suas
dolorosas experiências os acompanham no novo relacionamento, o dificultando,
mas o deixando mais interessante.
A forma com o Gibson trata o tema de “confiança novamente” é
a forma central do livro, o fazendo diferente e intenso, já que não é muito
retratado nos novos livros.
- Dois dias atrás, você me disse que eu precisava entrar ou sair. – Ela mordeu levemente a orelha dele. – Eu quero entrar, Tucker. Eu quero você. Até o fim. –Ela caiu de novo sobre os calcanhares e olhou para o rosto dele. Que não estava mais inexpressivo. Estava com um sorriso maior do que o dela.- Eu quero você ate o fim, Lily Darling
- As pessoas vão dizer que você é maluco.- Eu não me importo com o que as pessoas dizem. – Deu um beijo rápido nos lábios del. – desde que eu possa ser maluco por você.
Uma historia que mexe com o psicológico e, ao mesmo tempo,
nos mostra que para novos começos necessitamos de um final - mesmo que ele seja
ruim, às vezes.
NOTA: 5 estrelas
Sarah
0 comentários:
Postar um comentário