Dias perfeitos é aquele livro que
não tem um meio termo. Ou você ama ou você odeia. Entrando na onda de Dexter, Raphael
Montes nos traz um protagonista com claros sinais de sociopatia/psicopatia. Nesse
thriller muito bem construído, nos é apresentado um verdadeiro jogo
psicológico, repleto de desfechos surpreendentes e focado no ponto de vista do
vilão.
Logo no início da leitura
mergulhamos na cabeça de Téo, estudante de medicina, introvertido ao extremo e
incapaz de nutrir sentimentos por quem quer que seja, inclusive por sua mãe,
considerada como um peso em sua vida em razão de sua paraplegia. Somado a isso,
Téo não possui amigos. Aliás, ele tem uma amiga, Gertrudes, uma mulher mais
velha com quem divide diversos momentos incríveis. Parece ótimo, desde que você
desconsidere o fato de Gertrudes ser um cadáver da faculdade.